Análise Homefront: Grande história mais e o game?


Começo a análise parabenizando o departamento de marketing da THQ (Kaos Studios). Há muito tempo o pré-lançamento de uma nova franquia não foi tão comentada e aguardada como Homefront - excluindo novidades da Rockstar que sempre são sucesso em polêmica. Todos os trailers de Homefront ficaram encantadores, e a história elaborada para o game até em então nunca vista para jogos de trios em primeira pessoa. Criou-se uma expectativa enorme pela qualidade do game, saindo um pouco do enredo de outros shooters: segunda guerra mundial e monstros espaciais. Eis que o jogo é lançado e ficou a sensação de quando assistimos algum trailer de filme, e quando vemos o próprio saímos do cinema decepcionados.

Homefront não acrescentou nenhuma evolução gráfica, pelo contrário, em alguns momentos a qualidade gráfica cai drasticamente. A jogabilidade do jogo não passou por nenhuma renovação, preferiram manter o que vem sendo feito há anos em outros títulos de FPS. Não que deveriam reinventar os controles de jogos em primeira pessoa, mas a tendência é inovação nos games e arriscar é preciso. Vejam bem estou criticando o game por toda ação de marketing que foi feita como se o jogo fosse revolucionar os shooters - coisa que Bulletstorm tentou fazer e em alguns momentos faz sem tanta divulgação em mídia.

O ponto forte de Homefront é a história, essa parte do game ficou interessantíssima caso vocês também sejam como eu, jogo sem história é jogo de luta e futebol. No enredo estamos no ano de 2027 (nada futurístico), e anos atrás as Coreias do Sul e do Norte passaram por um processo unificação com o intuito de superar as outras potências mundiais. E logo de cara já começam dominando a Oceania e boa parte da Ásia. E quando falamos em potência mundial os E.U.A. é o principal foco, e atravessando o pacífico começam os ataques na terra do Tio Sam. Uma boa parte do Oeste americano encontra-se dominado, e aqui entra o ponto positivo do jogo, cenas fortíssimas de americanos sendo fuzilados e jogados em valas por Coreanos, além da invasão feita por humanos no solo americano que jamais foi usado nem em roteiro de filmes. Controlamos Richard Jacobs que é convocado para a única resistência contra os coreanos. Com apelo ao tradicional patriotismo americano, as cenas de terror fazem com que nos aprofundemos na história, e nos levam ao querer exterminar os coreanos. Mesmo com todas essas possibilidades na verdade Jacob é um exército de um homem só. Os companheiros de resistência são burros, não acertam um único tiro, talvez seja por isso que todos inimigos mirem somente em Jacobs.

Terminei a versão do PC em seis horas e vinte minutos. Houve alguns bugs logo na primeira fase, onde suicidar-se queimado foi à solução para não reiniciar o game. Como a produtora esperava que Homefront, passaria ser o principal jogo de FPS do momento, deixaram um final com possibilidades de continuação – provavelmente salvando o resto do mundo dos coreanos. O modo multiplayer tem o padrão de Black Ops com boa variedade de mapas, possuindo várias modalidades encontradas em Call of Duty, esse é o único ponto do game que a história não é o destaque.

Notas: Vale a pena comprar o jogo pelo enredo e o conteúdo online. O game também mantém um nível de dificuldade que agrada para os novatos no modo normal e aos veteranos no expert.

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